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sábado, 2 de julho de 2011

QUANDO OS FILHOS SE TORNAM NOSSOS MESTRES

Lembro-me abrindo sorrateiramente seus armários e gavetas para espiar. Não procurava deslizes escondidos mas talentos escondidos. Quando encontrava alguma originalidade, um tipo de dobra ou arrumação diferente, desenhos, coisas que eu mesma nunca guardaria em gavetas, outras que sequer guardaria, pensava...
- Onde será que eles aprenderam isso, comigo é que não foi. Mas não se tratava de me aborrecer porque “subvertiam minha ordem”, precária ordem, diga-se de passagem.
Constatava feliz cada vez que os descobria pessoas, autênticos e originais indivíduos construindo uma realidade a seu modo.



Gostava de sabê-los independentes de mim, em corpo e pensamento, na forma e no conteúdo de suas almas tão extraordinárias.
Sempre desejei meus filhos livres, o que nunca significou livres de mim mas comigo. Nunca esperei vê-los crescer à minha imagem e semelhança, não porque fosse baixa minha autoconsideração. Pretendia que existissem, no máximo possível, fiéis à essência com a qual Deus os tinha presenteado.
Em muitos momentos pude sentir a força da pressão social a me inundar de culpa por algum tipo de abandono,


mas era uma onda que eu rechaçava.



Sempre acreditei na liberdade, no direito aos sonhos, às escolhas e aos tropeços. Então, pretendia, com insistência, tornar possível que eles pudessem ser ELES MESMOS.
Esses meninos, “filhos da ânsia da vida por si mesma” (verso que eu repetia como prece quando me sentia perdida ou insegura)... são hoje seres VITORIOSOS e não estou falando de vitórias convencionais, se bem que as tenham tido em vários momentos.
Eles venceram e vencem todos os dias a batalha pela essência, combate árduo por extrair somente o que há de mais puro, dentro deles. Pagam um preço em lágrimas de sangue, muitas vezes, mas extraem o sumo de uma vida verdadeiramente especial.
Nenhum um dia é igual ao outro, quando se trata de meus filhos. Mas todos os momentos são de aprendizado para essa mãe que ainda os espiona e admira cheia de gratidão por ter-lhes emprestado o ventre e o coração.
É dessa forma que sei amá-los, beirando a devoção.



Que Deus os ampare na sua total singularidade.
Quero-os inteiros, feitos à Sua Imagem e Semelhança,


para que eu continue a ser premiada com Suas Lições Valiosas.



Maria Teresa Reginato - Psicóloga
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2 comentários:

  1. Mama....vc emprestou muitoooo mais do que seu ventre e seu coração, vc nos deu e ainda nos dá, palavras amigas de apoio, em qualquer problema e a qualquer tempo.

    Em todos os momentos felizes, está sempre celebrando conosco, construindo juntos a nossa história.
    E se por acaso, perde alguma coisa, porque está viajando, pois além de mãe, ainda é psicóloga famosa, blogueira descolada e casada com seu marido laptop, ai preciso sempre deixá-la a par de todas as novidades...pois vc não pode estar de fora...NUNCA!

    Vc é mais que minha mãe, é minha AMIGA!

    QUICEMIAMA!
    Luciana Ogata

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  2. Lembrei da gaveta com caldo knorr, kkkkkkk. Amo vc!!! pois além de mãe, vc sempre foi uma grande amiga! Obrigado po existir!!!

    Beijos
    Eliane Ogata

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ACRESCENTE...,sua reflexão é muito bem vinda.

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