Um paciente novo está na sua primeira consulta. Ele procurou um profissional por indicação de um amigo que já se trata ou foi a mãe que buscou ajuda para um filho que está sofrendo, o pai dificilmente toma essa atitude, mesmo os separados. Algumas esposas também fazem esse papel, maridos raramente. E lá está a pessoa, diante de um estranho, com tempo marcado para contar sua história mais íntima. Não há como não refletir sobre a solidão de nossos tempos, essa pessoa não tem um amigo, alguém com quem dividir sua vida? O ser humano de hoje é pouco confiável, reclamam muitos pacientes. Mas o psicólogo não é um amigo, é um profissional com instrumentos para uma ajuda mais efetiva. E é só? E o afeto, um profissional não deve se envolver afetivamente com aquela pessoa que desnuda sua alma para um estranho? Alguns estão confusos ou carentes ou ambos. Dentro daquela sala, um encontro muito delicado está acontecendo, um contato de alma para alma, ambas as máscaras depostas no chão, quer mais intimidade do que isso? É uma linha muito tênue, o paciente, o psicólogo e o afeto que torna um estranho, alguém que o faz sentir-se "em casa".
Dedico a todos os meus pacientes passados, presentes e futuros esse espaço. Almejo que venha ser mais um veículo de contato entre nossos corações.
Maria Teresa Reginato
http://www.facaterapia.com.br/
Dentre as várias linguagens usadas pela humani-dade para interpretar o mundo,vj como das mais
ResponderExcluirbelas a poesia(poiesis-criar),pois nela,na maioria das vzs, razão e emoção andam explici-tamente juntas.
Criar uma relação¨paciente¨-¨profissional¨, que não se deseja amesquinhada pelo cientificismo que fragmenta e que, ingenuamente, se supõe neutro,separado dos afetos, é CRIAR uma relação poética,na qual um mix entre razão e paixão se faz presente.Só desse modo será uma relação verdadeiramente humana e grande:
¨Para ser grnde
sê inteiro:nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda brilha,pq alta vive¨!