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sábado, 13 de maio de 2017

MATERNIDADE



 Antes havia a filha, a mulher, talvez a esposa, a profissional, a amiga, a irmã... mas a Mãe, essa nasceu com a criança. Para ela é uma experiência tão nova quanto a do bebê, no papel de filho.

 
A Mãe começa e evolui com ele. A experiência de outras mães pode até ser uma referência, mas não é vivência pessoal. A Mãe ainda não se manifestou, principalmente se for mesmo a primeira vez.



Claro, há uma diferença a se considerar. Um é experiente e outro recém-chegado; um é adulto e o outro dependente. E essa distinção faz a responsabilidade pender para um dos lados, é natural. 


  
  Mas hoje quero considerar essa  perspectiva. De que a maternidade não pode ser ensaiada, tampouco ensinada em livros ou cursos. Podemos até aproveitar alguma experiência dos que já passaram ou estudaram desse lugar...


 Mas desvendar o mistério da maternidade pertence ao dia a dia dos parceiros 
filho e mãe...  e mais ninguém.


 Essa reflexão pretende ampliar a forma de olhar a experiência materna.
                            
     

      Há uma forte magia nesse ponto de vista e uma cura,  pois essa relação se apresenta quase sempre dolorida e ressentida
pelos desacertos do caminho.



Dizia o advogado de um conto que li, quando defendia a mãe que “matou pelo filho”:
"Ser mãe é por si, uma atenuante".
Só pude realmente compreender esse argumento depois que tive meus filhos.  






A maternidade é uma experiencia solitária e única, onde todo o nosso ser é sacudido por sentimentos jamais imaginados, alguns maravilhosos e outros profundamente aterradores. 

Nascer para a maternidade é nascer de novo...               É rever a própria história com suas conquistas         e fracassos, fantasmas, devaneios e delírios...               
 para nunca, nunca mais mesmo
voltar a ser a mesma pessoa.


A essa altura talvez você  se pergunte:
E vale a pena???




Como posso fazê-los entender do quanto vale a pena?   Afinal,  maternidade é vivência pessoal.
Em todo caso, posso dizer por mim. 


Ser mãe me colocou e ainda me coloca no chão. Filhos são as ancoras da vida.  A maternidade ensina partilha e respeito. É gratificante saber que nesse mundo,  por vezes tão inóspito e desleal, alguém me tem assim como eu tenho alguém, por mim.






A vida sem filhos seria como a historia da música sem As Bachianas.  
Ou como nunca ter ouvido Pavaroti ou Vivaldi. 


Pense numa vida sem o aroma do café pela manhã, sem beijo na boca, sem amanhecer.

Imagine a existencia sem abraços, sem laços, sem flores, sem árvores,

sem ver o céu.


Como descrever esse estado de existir que nem a morte faz desaparecer...


Ser mãe é manifestar a vida 
 para depois ter sua vida preenchida por essa manifestação

para sempre

                            
Maria Teresa Reginato



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ACRESCENTE...,sua reflexão é muito bem vinda.

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