Osho
Antes
havia a filha, a mulher, talvez a esposa, a profissional, a amiga, a irmã...
mas a Mãe, essa nasceu com a criança. Para ela é uma experiência tão nova quanto a do bebê, no papel de filho.
A Mãe começa e evolui com ele. A
experiência de outras mães pode até ser uma referência, mas não é vivência
pessoal. A Mãe ainda não se manifestou, principalmente se for mesmo a primeira
vez.
Claro, há uma diferença a se considerar. Um é experiente e outro recém-chegado; um é adulto e o outro dependente. E essa distinção faz a responsabilidade pender para um dos lados, é natural.
Mas hoje quero considerar essa perspectiva. De que a maternidade não pode ser ensaiada, tampouco ensinada em livros ou cursos. Podemos até aproveitar alguma experiência dos que já passaram ou estudaram desse lugar...
Mas desvendar o mistério
da maternidade pertence ao dia a dia dos parceiros
Essa reflexão pretende ampliar a forma de olhar a experiência materna.
Há uma forte magia nesse ponto de vista
e uma cura, pois essa relação se apresenta quase sempre dolorida e ressentida
pelos desacertos do caminho.
pelos desacertos do caminho.
Dizia o advogado de um conto que li, quando defendia a mãe que “matou pelo filho”:
"Ser mãe é por si, uma atenuante".
A maternidade é uma experiencia solitária e única, onde todo o nosso ser é sacudido por sentimentos jamais imaginados, alguns maravilhosos e outros profundamente aterradores.
Nascer para a maternidade é nascer de novo... É rever a própria história com suas conquistas e fracassos, fantasmas, devaneios e delírios...
para nunca, nunca mais mesmo
voltar a ser a mesma pessoa.
A essa altura talvez você se pergunte:
E vale a pena???
Como posso fazê-los entender do quanto vale a pena? Afinal, maternidade é vivência pessoal.
Em todo caso, posso dizer por mim.
Ser mãe me colocou e ainda me coloca no chão. Filhos são as ancoras da vida. A maternidade ensina partilha e respeito. É gratificante saber que nesse mundo, por vezes tão inóspito e desleal, alguém me tem assim como eu tenho alguém, por mim.
A vida sem filhos seria como a historia da música sem As Bachianas.
Ou como nunca ter ouvido Pavaroti ou Vivaldi.
Pense numa vida sem o aroma do café pela manhã, sem beijo na boca, sem amanhecer.
Imagine a existencia sem abraços, sem laços, sem flores, sem árvores,
sem ver o céu.
Imagine a existencia sem abraços, sem laços, sem flores, sem árvores,
sem ver o céu.
Como descrever esse estado de existir que nem a morte faz desaparecer...
Ser mãe é manifestar a vida
para depois ter sua vida preenchida por essa manifestação
para depois ter sua vida preenchida por essa manifestação
para sempre.
Maria Teresa Reginato